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AS PONTES DE PARIS: TRAVESSIAS DE PEDRA E DE SILÊNCIO

Por trás da beleza de Paris, há uma verdade silenciosa: algumas cidades se percorrem pelas ruas — Paris se descobre pelas pontes.

AS PONTES DE PARIS: TRAVESSIAS DE PEDRA E DE SILÊNCIO
JONATHAN LIMA l Pont du Carrousel
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AS PONTES DE PARIS: TRAVESSIAS DE PEDRA E DE SILÊNCIO

Por trás da beleza de Paris, há uma verdade silenciosa: algumas cidades se percorrem pelas ruas — Paris se descobre pelas pontes.

Elas não ligam apenas margens. Ligam tempos, perfumes, amores e hesitações. Cruzar uma ponte em Paris é aceitar um convite para sair do tempo, mergulhar num instante suspenso entre o antes e o depois, entre o rio e o céu — entre você e você mesmo.

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O Sena corre como uma frase inacabada. São as pontes que o pontuam: com reticências, vírgulas, exclamações douradas. E cada uma delas tem uma voz diferente. Algumas sussurram. Outras gritam em pedra e ouro. Há aquelas que apenas observam.

Este texto não é um guia turístico. É uma promessa: cruze uma ponte em Paris e você não será mais o mesmo.

Pont Neuf — Onde tudo começa

A ironia do nome diz tudo: a “ponte nova” é a mais antiga da cidade. De pé desde o século XVI, ela já viu revoluções, reis e rebeldes, massacres e amores incontáveis. E segue ali, inabalável, como se nada mais pudesse surpreendê-la.

 Foto: Jonathan Lima l Pont Neuf 

Caminhar por essa ponte é pisar em história viva. Ao lado, a Île de la Cité flutua no meio do Sena como um segredo ancestral. A água abaixo não é mero som — é canto, murmúrio, memória.

 Foto: Jonathan Lima l Pont Neuf 

O Pont Neuf não leva a nenhum destino turístico grandioso. E talvez por isso mesmo seja impossível não atravessá-la.

 Foto: Jonathan Lima l Pont Neuf 

Pont des Arts — O amor que desaprendeu a pesar

Durante anos, foi símbolo de promessas românticas. Casais do mundo inteiro trancavam cadeados nas grades e lançavam as chaves no rio — até que a estrutura quase cedeu. A cidade, então, disse basta.

 Foto: Jonathan Lima l Pont des Arts

Hoje, livre do peso do ferro, ela respira — e a amamos ainda mais. Estudantes leem com os pés pendurados sobre o Sena. Violinos tímidos desafiam o vento. A ponte entende: o amor, quando não pesa, tem mais chance de durar.

 Foto: Jonathan Lima l Pont des Arts

Ali, o tempo desacelera. Pare no meio e contemple. Há pontes que se atravessam. Essa, se vive.

Foto: Jonathan Lima l Pont des Arts

Pont Alexandre III — O teatro da travessia

Não é uma ponte. É uma ópera a céu aberto. Leões dourados, querubins, luminárias como joias. Um delírio barroco que reluz no pôr do sol e cintila à noite.

Foto: Jonathan Lima l Pont Alexandre III

Sim, é um excesso. Mas um excesso necessário. Porque, às vezes, para atravessar o que sentimos, precisamos da grandiosidade do belo.

 Foto: Jonathan Lima l Pont Alexandre III

É impossível não sentir um arrepio ao cruzá-la. Há quem diga que, ao pisar ali, parece ouvir uma música tocando só para si.

 Foto: Jonathan Lima l Pont Alexandre III

Pont de Bir-Hakeim — A ponte partida em dois mundos

São duas pontes em uma: acima, o metrô avança como serpente de aço. Abaixo, ciclistas pedalam e fotógrafos ajoelham para capturar a Torre Eiffel emoldurada.

 Foto: Jonathan Lima l Pont de Bir-Hakeim

Foto: Jonathan Lima l Pont de Bir-Hakeim

Industrial e mágica, metálica e delicada. O Sena corre apressado por baixo, mas quem passa ali caminha devagar. Porque o mundo, naquele trecho, parece suspenso.

 Foto: Jonathan Lima l Pont de Bir-Hakeim

Pont de l’Alma — Onde o silêncio fala mais alto

Pouco ornamentada, quase invisível. Mas carrega um peso imenso: foi no túnel sob essa ponte que a princesa Diana perdeu a vida, em 1997. Desde então, o local virou ponto de travessia da memória.

Foto: Jonathan Lima l Pont de l’Alma

 Foto: Jonathan Lima l Pont de l’Alma

Acima, a Flamme de la Liberté — réplica da tocha da Estátua da Liberdade — tornou-se memorial espontâneo. Flores, bilhetes, silêncios. Uma chama dourada que à noite reflete no rio como um luto que ainda brilha.

 Foto: Jonathan Lima l Flamme de la Liberté

 Foto: Jonathan Lima l Flamme de la Liberté

Pont Royal — O passo do passado

É a terceira ponte mais antiga de Paris. Serenamente elegante, liga o Louvre ao Musée d’Orsay — como se unisse dois gigantes em silêncio cúmplice.

Foto: Jonathan Lima l Pont Royal

 Foto: Jonathan Lima l Pont Royal

Feita de pedra e memória, é nobre sem ostentar. De lá, o pôr do sol desenha dourado no Sena, e o reflexo do Louvre dança na água. Uma travessia calma, quase como deslizar por dentro da própria história.

Foto: Jonathan Lima l Pont Royal

Paris entre margens e emoções

Há muitas outras pontes ao longo do Sena. Não há como nomeá-las todas. Algumas brilham. Outras se escondem. Algumas atravessamos sem notar — mas depois lembramos delas com saudade, sem saber exatamente por quê.

O verdadeiro luxo de Paris não está nas vitrines da Avenue Montaigne, nem nas lojas do Faubourg Saint-Honoré. Está no direito de atravessar suas pontes com calma. Não para chegar do outro lado — mas para viver a travessia.

 Foto: Jonathan Lima l Pont du Carrousel

Em Paris, mudar de margem é mudar de estado. E talvez seja isso que a cidade queira ensinar: a beleza está nas passagens, não nos destinos.

Porque, no fim das contas, e se… não fosse você quem atravessa essas pontes — mas elas que atravessam por dentro de você?

 

Você já atravessou uma ponte que ficou em você?
Deixe nos comentários sua experiência com Paris — ou com qualquer outra travessia que tenha transformado seu olhar. E se ainda não cruzou essas pontes, guarde este texto como promessa: a próxima vez que estiver em Paris, caminhe sem pressa. As pontes estarão lá, te esperando.

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Por Jonathan Lima | Correspondente Paris / França do Portal TV Diversidade News

FONTE/CRÉDITOS: JONATHAN LIMA
Comentários:
JONATHAN LIMA - CORRESPONDENTE PARIS TVD

Publicado por:

JONATHAN LIMA - CORRESPONDENTE PARIS TVD

JORNALISTA, REPÓRTER CORRESPONDENTE FRANÇA, ATOR

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